Alberto Signoretti

31 de out de 2022

A sabedoria dos velhos e a arte de viver no século 21

Duas coisas primordiais na Cultura de Pensamento Visual Startup YOU são: a CONSCIÊNCIA e a PERCEPÇÃO.

Sem a consciência real de quem somos, e do fato que somos responsáveis pelas consequências que nossas atitudes acarretam, não há como traçar um planejamento claro e objetivo para nenhuma jornada. Estaremos sempre à mercê da sorte.

Sem a nossa percepção, desprovida das lentes do preconceito e do julgamento, não será possível saber onde estamos e nem quais os ventos que sopram, então, novamente, a sorte será nosso guia.

Como dizem os estoicos, foque somente no que está no seu controle e aceite o que não está da forma como lhe é apresentado. Um conselho sábio, porém, árduo de pôr em prática. A ansiedade que nos é imposta pela vasta quantidade de desinformação veiculada pelas redes sociais, nos mantém reféns da preocupação sobre o que não controlamos. Usar a consciência e a percepção para nos livrarmos do peso de querer controlar o que é, por natureza incontrolável, é fator de sanidade na atualidade.

São elas, a consciência e a perceção, que precisamos para descobrir tudo o que podemos controlar, tudo que depende das nossas decisões!

O que dizer da sorte? A maior parte do universo no qual estamos inseridos é regido pelo imponderável, pois, mesmo sendo um sistema complexo e, como tal, estocástico, não podemos prevê-lo. Sobre ele, nos resta apenas a aceitação, muito diferente da resignação, declarada por muitos como única saída. Daí, uma frase interessante, e velha, que proclama: a sorte funciona como dardos que acertam apenas os preparados.

O foco no que está sob o nosso controle é que nos leva à preparação. Mas esta, só se faz presente diante da nossa atitude compromissada, resiliente e persistente. A preparação deve ser planejada considerando o nosso propósito e os nossos valores, caso contrário será insustentável a longo prazo.

E, nessa conversa toda, onde entram os "velhos"? Aqui! A sabedoria dos velhos nos diz que a vida imita a arte e, para viver uma vida que vale a pena ser vivida precisamos ser artistas. Caso contrário, não viveremos, apenas sobreviveremos.

É nessa arte de viver que os velhos nos ensinam magistralmente, porém, para a maioria, são palavras ao vento. Nossa cultura não dá aos velhos a importância devida por já terem vivido o que nós estamos a viver. Ou seja...

- ... eles já passaram pelos dramas de definir a consciência sobre si mesmo, de se verem como sendo mais do que apenas um conjunto de pensamentos que viajam pela nossa mente.

- ... eles já passaram pela criação das narrativas que nossa mente habilmente faz para reforçar o que queremos ouvir e não o que precisamos ouvir.

- ... eles já passaram pelas lentes do preconceito e do julgamento obstruindo a percepção do que realmente acontece no mundo ao nosso redor.

- ... eles já passaram por tudo (ou quase tudo) que a vida nos apresenta!

Resta saber por que insistimos que somos mais espertos e rejeitamos esses ensinamentos...

O ciclo da vida não mudou desde seu aparecimento em nosso planeta. O ambiente evolui e nosso conhecimento sobre ele (e sobre nós) cresceu absurdamente, mas a vida continua como ela sempre foi, um processo de amadurecimento que culmina com o nosso retorno às origens. O ciclo é o mesmo desde sempre: nascemos, crescemos e morremos. Por que não usar a experiência dos que estão mais adiantados nesse processo?

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