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Qual a relação entre intraempreendedorismo e seu trabalho?


Interessante, GBB San: 158 AC (aulas condensadas) e nada sobre empreendedorismo inovador dirigido àqueles que já possuem um emprego, que trabalham em algum “trampo” ou que exercem alguma atividade dentro de uma organização (pública ou privada). Nada para os “freela” (freelancer), ou, se quer, um dedinho de prosa para os aposentados. Você parece só falar aos que querem criar startups, guaribar seus negócios etc. Ok, culpado! O que não quer dizer que o que escrevo aqui não caiba pra essa moçada relativamente estabilizada. Estes, talvez, sejam os que apresentam maior probabilidade de darem certo, pois podem arriscar melhor – não falei “mais” -, já que possuem uma retaguarda para onde voltar caso a coisa desande e poder tentar errar de outro jeito. Para melhor prosseguir, vou trazer um conceito que achei lá na Wikipedia:


“O conceito de intraempreendedorismo foi estabelecido há três décadas, porém as empresas não estavam dispostas a dar aos empregados a liberdade para criar e, consequentemente, errar e oferecer-lhes um orçamento para financiar inovação. Além do mais, não queriam arcar com os custos dos erros que inevitavelmente acontecem no percurso. Hoje esse conceito já está muito difundido e valorizado nas organizações. O intraempreendedorismo (intrapreneuring) é um sistema para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do uso melhor dos seus talentos empreendedores. Portanto, significa uma maneira saudável para haver positivas reações aos desafios empresariais do novo milênio”.


Pois bem: a AC de hoje é dirigida aos inseridos em algum contexto de aparente estabilidade e que ainda não se tocaram que para o bem de suas respectivas qualidades de vida precisam intraempreender. Coloco também nesse pacote a galera que se encontra em seus aposentos, carinhosamente chamada de aposentada. Para os da ativa, farei três perguntas. Para os que estão de pijama e chinelão, vou sugerir uma direção. Reflitam!


Por que intraempreender não é opcional


“Quando o ritmo de mudança dentro da empresa for ultrapassado pelo ritmo da mudança fora dela, o fim está próximo”, dizia Jack Welch, lendário CEO da GE.


Não se convenceram? Deixa eu dar minha visão sobre esta frase então, trazendo o texto de Novos tempos, novas formas de se repensar os negócios!:


“A evolução sempre deixou claro que se a mudança orgânica for mais lenta do que a do ambiente, a espécie pode começar a dar “tchauzinho” pro mundo. E qual a forma de se evitar isso? Até então, as empresas vinham avançando na linha de Lamarck, no estilo “a girafa aumenta o pescoço à medida que precisa pegar as folhas mais altas”. Entretanto, dada à velocidade com que a tecnologia tem avançado, percebeu-se que Darwin se adequa melhor ao ecossistema comercial: ou se muda o DNA das empresas ou se pega o ônibus para a estação extinção. E é isso o que está acontecendo: as empresas perceberam que possuem problemas inerentes ao DNA, e que para resolvê-los terão de contar com o próprio sistema imunológico. A vacina, portanto, terá de ser produzida interna, continuamente e numa velocidade maior do que a do estímulo externo. Também não dá mais para terceirizar o processo de resolução ou adotar soluções de empresas similares. No mundo corporativo, não existem “remédios genéricos”. Assim, coisas como capacitação, mudanças organizacionais, inovação, definições de OKR (Objectives and Key Results) etc., terão de ser pensadas, desenvolvidas e implementadas com o time da casa mesmo, ou adotando agregados. A empresa começa a se ver como seu primeiro cliente”.


Resumo da ópera: ou se intraempreende, ou você (primeiro) e sua empresa (na sequência) entrarão em decomposição e transformar-se-ão em humus para outras empresas. Poético, mas nada bom.


Três perguntas que explicam a necessidade de intraempreender


Quando desejo medir o grau de felicidade profissional, recorro - há mais ou menos cinco anos - a três perguntas: 1) o que não estou gostando em meu trabalho, 2) o que estou gostando e 3) o que eu gostaria de fazer. Disponho as respostas lado a lado.


Pode-se optar por fazer comparações e avaliações filosóficas (qualitativas) sobre o que você deposita lá. Como já estou com alguma experiência, comecei a atribuir valores naturais baseados na série de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ...), de modo a poder gerar um gráfico semestral sobre minha “felicidade profissional” e com isto facilitar tomadas de decisão. Atribuo nas colunas #1 e #2, por exemplo, valores a atividades como orientar estudantes, participar de reuniões, coordenar projetos (públicos ou privados), ministrar aulas, desenvolver pesquisa, dar palestras voluntárias ou não, escrever artigos etc. de modo a não repetir um mesmo valor em uma mesma coluna, sinalizando positiva ou negativamente conforme o humor da “hora”. De posse dos valores, abordo por atividade ou pelo todo. Nada no mundo é perfeito, mas se o somatório da coluna #1 ultrapassar em muito o da coluna #2, é sinal de que uma freada é necessária, uma análise tem de ser feita e uma mudança de rota é imprescindível. Pelo menos para mim já funcionou.


Foi como resultado de uma análise como esta que há uns três anos resolvi tomar a pílula vermelha e desplugar-me de minha “Matrix” profissional, a UFRN: saí do sistema de incubação, de todas as comissões que participava e do mestrado de inovação, que somavam (para mim, claro) um alto valor negativo; mantive-me em sala de aula (meu innovation place, o melhor lugar do mundo para se estar, perto de cabeças oxigenadas) e implementei o IncaaS, projeto que representa o somatório de tudo que eu quero fazer profissionalmente: criar uma interface real entre a sala de aula e o mundo por meio da transferência de conhecimento, tecnologia e inovação. Depois disto, o somatório ficou positivo e agora só opero a coluna #3. Ou seja: intraempreender foi minha salvação profissional, o que refletiu rápida e diretamente em minha saúde mental e física. Por consequência, produzo melhor para as pessoas com que interajo. Achei meu oceano azul.


E para o pessoal que está nos aposentos ou se acha estabilizado?


A dica que darei a essa turma, além das três perguntas, e que também serve para o pessoal da ativa, é baseada em um questionamento popular: “Se você não tivesse obrigações e nem problema com dinheiro, o que você faria?”. Se você precisou de mais do que cinco minutos para descobrir, é sinal que precisa fazer algo urgente, pois sua vida está ficando vazia. E como diz aquele velho adágio, “saco vazio não se põe de pé”.


Finalizando...


Não sei se apenas três perguntas e uma direção vão convencer você de que o intraempreender pode ser uma saída para sua insatisfação profissional. Entretanto, tenho certeza de que te fiz pensar no assunto pois, diferentemente do que pregam por aí de que “tempo é dinheiro!”, para mim “tempo é vida; trabalho é dinheiro”. E o que faz os dois – dinheiro e vida – coexistirem harmoniosamente é também a resposta para a pergunta do título: a qualidade da relação entre ambos. A qualidade de seu trabalho dependerá da sua disposição em intraempreender baseada em propósitos que estarão listados na coluna #3. Talvez por isto existe aquele ditado: “Trabalhe como se dono do negócio fosse”. Você será o maior beneficiário. Vou nessa, mexer na coluna #3 de minha tabela. Sayonara!

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